Entre a ânsia de ter e o tédio de possuir
- Laís Conter
- 26 de jul. de 2024
- 2 min de leitura

"A vida é uma constante oscilação entre a ânsia de ter e o tédio de possuir."
Arthur Schopenhauer
A ânsia de ter e o tédio de possuir nas relações é um dilema que muita gente já passou. No começo de um relacionamento, a gente fica empolgado, com aquela vontade enorme de conquistar o outro, de dar nosso nome e mostrar nosso melhor. Tudo é novidade, cada descoberta sobre a pessoa é incrível, e essa fase é cheia de paixão, surpresas e animação.
Mas, com o tempo, depois que a relação se estabiliza, pode surgir o tédio de possuir. Aquela pessoa que era cheia de mistérios e novidades agora é parte da rotina diária. O que antes era empolgante se torna previsível, e a emoção da conquista pode dar lugar a uma sensação de monotonia. Isso não significa que tem algo errado ou que o amor acabou; é algo natural que acontece quando a novidade se transforma em familiaridade.
Esse ciclo de querer e depois se sentir entediado mostra bem como o desejo humano funciona. Sempre buscamos novas emoções e experiências, mas também precisamos de segurança e estabilidade.
A sociedade de hoje, que valoriza tanto a novidade, pode fazer a gente esquecer como a rotina também é importante para um relacionamento. É na convivência diária, nos pequenos gestos e na vida compartilhada que a intimidade e a conexão crescem.
Para evitar o tédio de possuir, é importante continuar a investir na relação, encontrar novas formas de se conectar e redescobrir o parceiro. Isso pode ser feito com atividades diferentes, conversas sinceras sobre sentimentos e desejos, ou mesmo pequenas surpresas que mostram cuidado e atenção. O segredo é balancear a segurança do dia a dia com a excitação de coisas novas, mantendo a curiosidade e o interesse vivos.
Em resumo, a ânsia de ter e o tédio de possuir são fases normais nas relações. Entender essa dinâmica pode ajudar a criar relacionamentos mais saudáveis e felizes, onde o desejo e a satisfação caminham juntos.
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