Por que eu aceitei tão pouco?
- Laís Conter
- 26 de jul. de 2024
- 2 min de leitura

Você conhece a pessoa e vocês começam a conversar. E o match de ideias é instantâneo. E ela fala tudo o que você acredita e vocês concordam com vários pontos sobre como as relações estão líquidas e tudo mais.
Você cria uma pessoa na sua cabeça, baseada nessas conversas. E idealiza que talvez ela entregue o que você espera de uma relação.
Até que vocês se encontram. E a pessoa é incrível mesmo. Mas extremamente indisponível. Mas você insiste, porque talvez tenha sido só o primeiro encontro. Mas rolam outros e a pessoa te entrega cada vez menos do que você esperava.
Mas poxa, a pessoa é muito legal e você não quer que ela saia da sua vida. Então você aceita aquele pouco e se acostuma com ele, porque é tudo o que você pode receber dessa pessoa. E você prefere esse pouco do que nada.
Pra pessoa, é ótimo. Porque ela vai ter tudo de você e vai seguir te dando quase nada.
Pra você, é péssimo. Porque você vai seguir com a pessoa idealizada, só que recebendo cada vez menos do que você precisava e merecia.
É uma matemática cruel e difícil da gente perceber.
Quando a gente se dá conta que é pouco, dói. Porque a gente não quer perder a pessoa.
E ela não é uma pessoa necessariamente ruim, ou que fez isso pensado. Às vezes, ela deu tudo o que tinha ou tudo o que podia naquele momento.
E o muito dela pode ser pouco pra você.
Ou ela pode não querer te dar muito. E daí não tem nada que a gente possa fazer em relação a não ser se retirar.
E quando falo de “muito” ou “pouco” podem ser várias coisas, a depender das necessidades de cada um e não tem um valor exato.
Acaba sendo subjetivo, mas não é difícil de perceber.
Ninguém vai nos completar ou suprir todas as nossas necessidades.
Mas se você sente que a balança tá injusta, pode ser um sinal.
Ou então que tá se sentindo mal depois do encontro, ou quer mais da pessoa e não tem, ou que você tá se contentando com likes de Instagram. SINAL DE ALERTA!
De quem é a culpa?
Eu acho que no momento que a gente aceita tão pouco e segue como se nada, a gente tá dizendo, de alguma forma, que aquilo é suficiente. A pessoa não tem obrigações com a gente (só ser honesta), mas quem permitiu isso?
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